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domingo, 4 de outubro de 2009

Entenda a crise em Honduras

Tudo começou com o golpe militar de 28 de junho

Do R7

Por que as instituições de Honduras não queriam Zelaya reeleito?

Honduras é um país pobre, com uma distância enorme entre ricos e pobres e com uma criminalidade alta. Mas estava politicamente estável desde os anos 80. Desde que assumiu o poder, em 2006, Zelaya tentava levar o país para a esquerda. Isso alarmou alguns setores da sociedade hondurenha, que alegaram que ele queria permanecer no poder por tempo indeterminado. Zelaya nega.



Quantas vezes Zelaya já tentou voltar ao país?

Essa é a terceira vez. Na primeira, chegou ao país em um avião com o sercretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, mas foi proibido de pousar. Na segunda, cruzou a pé a fronteira com a Nicarágua, mas não conseguiu seguir em frente.


Quem está do lado do presidente deposto?

Manuel Zelaya conta com o apoio da classe mais pobre do país. Ele está entrincheirado na embaixada brasileira com dezenas de simpatizantes.



Como o mundo reagiu?

A Organização dos Estados Americanos (OEA) suspendeu Honduras da entidade, e a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução unânime exigindo a volta de Zelaya. Nenhum país reconheceu o novo governo, e a marioria retirou seus embaixadores de Tegucigalpa.



Há uma saída para a crise?

O presidente da Costa Rica, Óscar Arias, está tentando mediar uma solução pacífica. Ele já fez três encontros com os dois lados e apresentou um plano detalhado para o fim da crise. Por esse plano, Zelaya voltaria à presidência de Honduras para acabar o seu mandato e um governo de reconciliação nacional seria criado. Haveria anistia a crimes políticos cometidos durante a crise, a eleições presidenciais. Mas o governo golpista recusou essa opção. Na terça (22), Micheletti disse que Zelaya poderia permanecer por “até 10 anos” escondido na embaixada brasileira, mas se sair será preso.


O que o governo golpista pretende?

O governo liderado por Roberto Micheletti pretende realizar eleições em 29 de novembro e aposta que depois disso a situação no país voltará ao normal. Mas os demais países dizem que não reconhecerão o resultado das eleições.

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