"Não tenho uma varinha mágica para fazer com que Zelaya regresse ao país, mas posso trabalhar em busca de uma saída para a crise de Honduras", afirmou o candidato do Partido Liberal. "Faço responsável por minha vida o senhor Zelaya, que nos ameaçou (de morte)." Zelaya era membro do Partido Liberal, mas teve divergências com a sigla ao longo de seu mandato. "O presidente deposto ataca seu partido e quer destruí-lo, com a impunidade dada pela comunidade internacional, que o protege", afirmou Santos, em entrevista à rádio HRN. Os militares hondurenhos derrubaram Zelaya em 28 de junho e o enviaram para um exílio na Costa Rica, por tentar convocar uma Assembleia Constituinte. O Congresso o substituiu pelo também liberal Roberto Micheletti, presidente da Casa. "É necessário falar a verdade: Zelaya divide e polariza a sociedade e, ao falar com um duplo discurso, engana o povo", afirmou Santos. "Honduras não pode estar à beira de uma guerra civil, e isso precisa entender a comunidade internacional, que não conhece o que ocorre em nossa nação." Washington suspendeu, na semana passada, sua ajuda não humanitária a Honduras e revogou vistos de autoridades e empresários ligados ao governo. Os EUA também ameaçaram aumentar a pressão sobre o regime, caso Micheletti não concorde com uma rápida saída democrática. O Conselho de Direitos Humanos da ONU proibiu, na terça-feira, 15 a participação do representante do governo de facto hondurenho, Delmer Urbizo, em uma reunião em Genebra, após protestos de países latino-americanos, entre eles o Brasil. Santos elogiou o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, por convocar nesta quarta-feira, 16, os candidatos presidenciais hondurenhos para um diálogo em torno do conflito. Arias tenta mediar a crise hondurenha. O candidato do opositor Partido Nacional, Porfirio Lobo Sosa, disse que participará do encontro. Segundo Lobo Sosa, as eleições gerais marcadas para 29 de novembro "são a saída para a crise". "Não encontramos outra solução mais conveniente para o povo, que legitimará nas urnas o novo governo", disse. Alguns países, porém, já disseram que não reconhecerão o presidente a ser eleito nessas condições.Representante de Micheletti acusa o líder deposto, Manuel Zelaya, de ameaçá-lo de morte
TEGUCIGALPA - O candidato presidencial do partido que encabeça o governo de facto, Elvin Santos, denunciou nesta quarta-feira, 16, o líder deposto Manuel Zelaya por ameaçá-lo de morte. Ainda segundo Santos, Zelaya pôs Honduras à beira de uma guerra civil, ao tentar retornar ao poder.
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sábado, 19 de setembro de 2009
Honduras está à beira da guerra civil, afirma candidato
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